Imersão com Dr. Ravenna abordou a aceitação de limites como um caminho para a libertação

“Gordo é quem não tem limite; gordo em emagrecimento é quem suporta o limite; paciente em manutenção é quem encontrou o limite”.
A frase do Dr. Máximo Ravenna ilustra um dos temas centrais dos Grupos Terapêuticos que compuseram a Jornada de Fim de Ano da Clínica Ravenna Salvador, que começou no dia 13/12 e culminou com a imersão com Dr. Ravenna no dia 18/12, quando também aconteceu a Festa de Natal do Centro Terapêutico.
Com atividades realizadas acerca do tema “Resiliência e Renascimento”, a Imersão partiu desta temática para abordar o tratamento da obesidade sob o ângulo da aceitação de limites e do que se pode ganhar quando ter auto-controle passa a ser algo possível. Emagrecer passa a ser, então, um passaporte para sair de um estado de apatia, em que o mundo exterior controla seu mundo interior, para tornar-se ativo, assumindo o comando da própria vida, numa conquista que invariavelmente contamina outros tantos setores da vida prática e subjetiva.
Uma das pacientes, colaborando com a discussão, contou que, antes de emagrecer, tinha reações explosivas com facilidade, perdia o controle facilmente, não tinha capacidade de se organizar, pôr ordem nas coisas e agir com prudência. A mudança de comportamento veio com a eliminação do peso excessivo. “Foi quando eu descobri que, equivocadamente, passei muito anos colocando na ansiedade a culpa por eu comer demais. De repente, descobri que tirar a comida do centro da minha me trouxe tranquilidade e aplacou a velha vilã, a minha ansiedade”.
O ânimo, a motivação e a transformação de vida foram abordados como algo que se pode conquistar e reter, conquistar e perder ou simplesmente não conquistar a depender do posicionamento que se toma diante dos limites necessários. Dr. Máximo Ravenna, juntamente com a equipe que conduziu os Grupos Terapêuticos – formada por Moema Soares e pelos terapeutas Suzana Vieira, Andrea Pato, Diogo Montal, e pelo médico Marcos Barojas -, lembrou que aceitar limites tem a ver com uma conexão consigo mesmo.
Aceita dizer não a fatores externos que lhe prejudicam é algo que depende do valor que se dá a si próprio, da conexão que se tem com os próprio anseios, com um mundo interno que se sustenta sem muletas; é algo que, numa segunda instância, lhe confere poder, auto-confiança, numa vivência de libertação. E por que não dizer, de renascimento?