30 aos 40 anos
C. S. C – 30 anos (sexo feminino)
Eu sempre fui a típica gordinha que aprende a contornar o sobrepeso com excesso de comprometimento profissional. A gente se ilude e essa é a mais pura verdade. A gente encobre com a comida todos os dramas e todos os traumas, como se deles pudéssemos nos esconder. Passei 16 anos, de uma curta vida de apenas 30, usando subterfúgios para comer escondido, sempre na máxima quantidade que eu conseguisse, seguindo as velhas e conhecidas ordens de frisson da comida. Para manutenção do bom humor, um afago no estômago e pronto; a vida voltava a ser linda novamente, mas, em segundos, se fazia preciso mais uma dose dessa medicação. Vivia em dois turnos: de dia, a mulher supostamente bem sucedida, forte, quiçá brilhante; a noite, apenas uma menina desamparada, temerosa, já sem grandes esperanças. Ao deitar, a fim de encerar mais um ciclo diário, eu, de fato, nunca encontrava a saciedade que minha alma buscava.
Até hoje, essa paz, eu ainda não encontrei. Estou na busca. Ouvi, certa feita, comentários sobre Ravenna e os desprezei; noutra oportunidade, ouvindo outros tantos elogios, surpreendi-me com a promessa de que tratavam distúrbios alimentares. Para alguém que já freqüentou grupos de comedores compulsivos anônimos e já havia tentado todos os tipos e modalidades de dieta, encarar um novo desafio, sob a ótica de extirpar da vida a compulsão alimentar, seria como “tirar doce de criança”. Recebi a dieta e, como boa filha de alemão e pessoa extremamente disciplinada, aquilo me pareceu fácil; com o passar dos dias, aprendi que não se trata de ser fácil ou difícil, trata-se, apenas, de algo possível, quando se tem reforçada, por méritos próprios, a decisão de emagrecer.
E assim comecei a ouvir e a internalizar inúmeros conselhos: de fato, “vontade dá e passa”; se “não comi, perdi”; “para o essencial, o radical”; e, sem dúvidas, é preciso “relaxar” sem perder o foco. Iniciei a dieta carregando sobre mim 17 quilos extras, que de nada me serviram, exceto para me causar dores e constrangimentos. Sinto que muito pratiquei nos últimos 04 (quatro) meses. Iniciei minha saga sem saber nem mesmo o que estava acontecendo. Recebi a dieta e segui as instruções. No primeiro mês, emagreci lindamente quase 11% de meu peso; no segundo, mesmo fazendo tudo certinho, a balança não fez jus aos meus esforços; no terceiro, para minha glória, retomei o emagrecimento na forma e condições esperadas pela clínica. Ufa. Alívio. E pertinho da meta desejei eliminar mais 2 quilinhos para arrematar. Todos os profissionais, em especial os psicólogos e minha nutricionista, me deram todo o suporte que precisei. Se dúvidas surgiram, fui amparada e direcionada a seguir pelo melhor caminho. Essa sensação de não estar só foi fundamental. Paixão? Sim. Continuo loucamente apaixonada. A mesma paixão que senti desde o primeiro dia. Os dias se passaram e eu tripliquei a admiração pelo tratamento diante de, pela primeira vez na minha vida, vislumbrar a possibilidade de ser e me manter magra.
O receio de encarar a manutenção foi devargarzinho substituído pela certeza de que criei habilidades para enfrentar essa jornada. Se pequei? Lógico. Ninguém é de ferro. Duas viagens e as medidas se ampliaram um pouco, o que classifico como absolutamente normal. Tropeços? Nenhum. Especialmente porque entendi que o sucesso de todo o processo, na verdade, sempre dependeu somente de mim e de minha determinação em seguir instruções; se não posso negociar, não faço escolhas (porque já procuro pré-determinar meus atos), não dramatizo, SOFRO, me angustio, mas sigo; nem é simples assim, mas a gente cria artifícios para dominar os pensamentos. Conversei, como nunca!, comigo mesma.Tive que ser dócil com o tratamento, porque de nada adiantaria ir de encontro aquilo que só me fazia bem. Se tenho autocontrole? Tento. Muito. Juro. Com todas as minhas forças. No dia que tiver isso, terei chegado no meu destino, porque a conquista atual é, tão somente, parcial.
Desejo, de coração, entrar numa padaria e não ter as pupilas dilatadas e os batimentos cardíacos acelerados. Isso AINDA não foi possível, mas tenho curtido bastante ser alguém que faz escolhas saudáveis. Olhar-me no espelho tem sido sinônimo de alegrias. Mesmo grande, larga (seja lá como falam de mim na rua!), e fora dos padrões de beleza que se prega, sinto-me bem, porque bonito não é ser igual, é ser autêntico. Emagrecer não foi simplesmente “voltar para casa”; emagrecer foi criar um lar de afeto e carinho comigo mesma. Passei a me botar no colo, a cuidar de mim. Fiz acontecer, porque a única coisa que cai do céu é chuva; e a única que coisa que se ganha sem esforço é PESO!
“Fiz acontecer, porque a única coisa que cai do céu é chuva; e a única que coisa que se ganha sem esforço é PESO!”
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A. L. – 30 anos (sexo feminino)
Eu estava com 80 kg, usando manequim 48, me sentindo a pior das mulheres, não conseguia nem olhar no espelho. Me sentia cansada , indisposta e comia tudo que passava na frente, não sabia viver sem os doces, chocolates e fast-foods.
Eu tinha consciência da minha compulsão alimentar, pois já havia ultrapassado todos os limites, mas eu não conseguia parar. Desde janeiro deste ano, fui umas três vezes a um endocrinologista que receitava fórmulas, mas mesmo assim não conseguia passar da quarta-feira, pois sempre começava na segunda-feira e no meio da semana, começava a comer achando que ia emagrecer assim mesmo, pura ilusão.
No dia 08/06/2009, fui à clínica pela primeira vez, já com todas as consultas marcadas. Tomei um susto quando fui informada que não comeria nenhum tipo de carboidrato. Enquanto aguardava entre uma consulta e outra imaginava se iria conseguir, se realmente valeria tanto a pena aquele investimento alto, pois a responsabilidade era muito grande. Jantei na clínica e vi que a comida além de gostosa era suficiente, pois fiquei realmente cheia com a quantidade oferecida e depois de participar do grupo terapêutico, então, fiquei encantada com tudo que ouvi dos pacientes e dos profissionais. Nesse mesmo dia, tive a certeza de que estava no lugar certo para me tratar e já comecei a traçar metas e fazer planos para um futuro muito próximo.
No decorrer do tratamento sempre me senti segura, tranqüila e sem nenhuma dificuldade em segui-lo, porque além de não sentir fome, a gente se desconecta totalmente da comida e aprende a vê-la com outros olhos, com olhos de pessoas magras. O grupo terapêutico é muito importante nesse momento, pois nos ensina, nos apóia, nos conforta e trocamos experiências com pessoas que vivem o mesmo que nós, a gente se vê em cada depoimento. É um prazer ir aos grupos e relatar cada quilo reduzido, que é parabenizado e aplaudido por todos.
Após 6 meses de tratamento, há um mês e meio em manutenção, com 23 kg reduzidos e usando manequim 38, me sinto vitoriosa por ter alcançado o meu peso ideal, que era um sonho distante. Agora, sou uma pessoa magra de corpo e alma e levarei este aprendizado para toda a minha vida, porque a felicidade e a auto-estima deste momento não tem preço.
“No mesmo dia que iniciei a dieta, tive a certeza de que estava no lugar certo para me tratar e já comecei a traçar metas e fazer planos para um futuro muito próximo”
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TF – 34 anos (sexo feminino)
Eu sempre fui gordinha, uma criança gorda e gulosa, uma adolescente cheinha, que vivia de dieta, uma adulta que vivia engordando e emagrecendo, com um sobrepeso que sempre me incomodou muito. Nunca me aceitei como uma gorda assumida e feliz. Me sentir gorda sempre foi motivo de mau humor, me ver vencida pela comida sempre gerou longos períodos de introspecção e gasto de energia mental.
Minha primeira dieta fiz com sete anos de idade. Emagreci sim, mas voltei a engordar. Desde então, meus pais sempre acreditaram que eu havia aprendido o caminho para emagrecer. Quando estava com 14 anos, consegui repetir a mesma dieta e voltei a emagrecer oito quilos. Com o tempo, fui ganhando peso novamente e continuei acreditando que poderia emagrecer quando quisesse, apesar da dificuldade de cumprir uma semana sequer de dieta e de estar cada dia mais longe do corpo que eu almejava.
Meu corpo nunca me gerou grandes traumas. Dançava quando era adolescente, tive uma juventude feliz, namorei, casei, tenho um filho, mas, apesar disso, minha auto-imagem nunca foi plena, era um entrave, o verão sempre foi um suplício, pois ir à praia significava encarar o meu corpo e admitir que era uma derrotada nesse assunto, afinal a comida sempre me venceu, sempre foi mais forte que meu sonho de beleza, magreza e bem estar. Sempre senti inveja das meninas de corpo bem feitinho, sem gorduras dobrando nas costas.
Quando ficava mal, pensava: vou passar fome e chegar aos meus sonhados 65 quilos. Era algo muito distante, que iria me exigir um sacrifício muito grande, mas era algo que eu teria que encarar mais cedo ou mais tarde, pois minhas calças já caminhavam para o número 46, no meu histórico familiar a obesidade estava lá, e com a chegada dos meus 30 anos, o quadro só prometia se agravar. Às vezes conseguia perder dois, três quilos, mas essa redução funcionava como um passaporte para que eu me permitisse comer novamente. Esse vai e vem me desgastava, me levava a altos e baixos constantes e às vezes se tornava muito duro encarar o espelho e não saber mais o que fazer. Foi quando já vivia esse mal estar há alguns anos que conheci o método de Ravenna através de Moema Soares, empresária da clínica baiana.
Para mim, não foi só uma dieta que deu certo, foi uma experiência de libertação. Não apenas porque me livrei de um corpo pesado e fora de forma, mas porque me libertei de um conflito, de uma angustia, de uma agonia que me acompanhava dia após dia.Me livrei de um lado sombrio da minha vida, que se despertava diante da mesa ou de frente para a geladeira.
Sem sofrer, não cheguei só até 65 quilos, cheguei até 61. Nos últimos sete meses, ouvi elogios de todos os lados e passei a me parabenizar também. Me parabenizo por ter sido inteligente de agarrar esse método, pois isso apenas já garante a vitória. Costumo dizer que o tratamento de Dr. Ravenna cria um ambiente tão confortável e favorável ao emagrecimento que, para reduzir de peso, basta se concentrar. Se concentrar em si, na medida, no corte, da distância, no desejo de se superar, de ser alguém diferente, de se conhecer e se surpreender consigo mesmo.
Até hoje, tem horas que ainda não acredito quando me olho no espelho, quando compro calças número 40, quando ouço pessoas me descrevendo como uma pessoa magra, quando me vejo nas fotos e gosto do que vejo, quando busco roupas para mostrar meu corpo e não mais para esconder, quando sou vista como um exemplo para os pacientes que estão começando. Posso estar com mil problemas, mas o fato de eu estar magra já me faz forte, já me dá motivos para comemorar todos os dias. Para os que estão ainda no começo, costumo dizer: agarre, é só agarrar que dá certo.
“Minha auto-imagem nunca foi plena, era um entrave, o verão sempre foi um suplício, pois ir à praia significava encarar o meu corpo e admitir que era uma derrotada nesse assunto”
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